sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

O debate político das cantadas

Se você é daquele tipo de pessoa que não se arrisca por medo de levar um "fora", saiba: você pode levar um "fora" sem ter pedido absolutamente nada, e, é quase certo, que esse "fora" virá de alguém que você jamais iria querer ter algo a mais. Os "dispensados" que não se conformam com a derrota, fazem questão de que o jogo vire e você seja o derrotado.
É praticamente um debate político, onde o candidato (ou pretendente a te dar uns amassos) pergunta e você naturalmente responde. Não satisfeito com a resposta que você deu, o candidato logo seguida "tem direito" a uma réplica, a qual você não está pronta para receber e às vezes não consegue ser rápida o suficiente para elaborar uma tréplica à altura.
Ficou confuso? Ok, vamos as definições segundo o dicionário:
Pergunta:
ato de perguntar; interrogação; inquirição; quesito.
Ex.: Qual o telefone da gatinha?
Resposta: ato ou efeito de responder; o que se diz ou se escreve àquele que fez uma pergunta ou formulou uma questão.
Ex.: Tá na lista.
Réplica: ato ou efeito de replicar; contestação; objeção;
Ex.: Mas... Eu não sei seu nome.
Tréplica: resposta a uma réplica; ato de replicar.
Ex.: Tá na lista também, antes do número do telefone.
Nem sempre é possível responder a uma cantada, ou dar um "fora", e estar totalmente segura de que você se livrou do candidato, o pior ainda pode acontecer e talvez você não tenha tréplica para isso.
A primeira vez que isso aconteceu comigo, eu estava numa boate dançando, quando de repente escutei uma pergunta:
- Oi! Posso saber seu nome?
A resposta veio quase que automática:
- Não!
E eu tive que ouvir uma réplica que me deixou sem tréplica:
- Graças a Deus!
O próximo caso me faz dar o seguinte conselho para vocês: Jamais salve sua amiga de um cara chato que não pára de dar em cima dela.
Estava com minha amiga Hannah em uma mesa do lado de fora da boate, ela não aguentava mais a insistência de um cara que se utilizava do fato de ser Paulista como o maior argumento para ficar com ela.
- Porque eu sou Paulista... Blá, blá, porque eu sou Paulista.
A cara de desconforto, com aquela situação, ficava evidente cada vez em que ela me olhava. Era quase um "Socorro! me tira daqui!" só que falado através dos olhos.
Ele perguntou mais uma vez:
- Mas então, não vai rolar e tal?
E eu, cansada daquela situação, respondi:
- Seguinte, ela é minha irmã mais nova, minha mãe não quer ela se agarrando por aí e mandou eu tomar conta dela. Beleza?
Então... Eu ganhei uma réplica:
- Ah é? Então me responde por que a irmã mais velha ainda tá de batom e a mais nova não?
Ainda houve uma tréplica, que não convenceu o candidato, vinda da minha amiga Ellen:
- Já ouviu falar em "trazer o batom e passar de novo"? Ou você acha que um batom dura a noite inteira?
Mas a pior réplica que já ouvi falar, aconteceu com um amigo meu.
Rodolfo estava em um forró e resolveu convidar uma menina, mais velha que ele, para dançar.
Pergunta: - Oi, posso dançar com você?
Resposta: - Tu é doido é? Leite Ninho tá caro!
Réplica: - E por que você acha que vim atrás de uma vaca?
E eu acho que não existe tréplica para isso. Se existe, por favor me digam...

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Quero ser uma princesa

Deve ser o sonho de quase toda garota encontrar o "príncipe encantado", casar e ter um final do tipo "Felizes para Sempre" como nos filmes da Disney. Porém, se você quer mesmo encontrar o príncipe encantado e virar uma princesa, vejamos o que as outras princesas já não tiveram que passar para ter o seu suposto final feliz.
A Pequena Sereia
Primeiramente, vejamos o caso da sereia Ariel. Ela simplesmente fez uma espécie de "pacto com o diabo" para ficar com o príncipe Eric, assinou um contrato com a bruxa mais poderosa do oceano para adquirir atributos que pudessem conquistar seu príncipe. No caso dela, pernas. Pobre Ariel, até sem voz ela ficou, e o príncipe Eric por um triz não casou-se com a bruxa!
Rapunzel
Essa aí, coitada, tinha que jogar as tranças para o príncipe subir até a torre em que ela morava. O príncipe não se dava nem ao trabalho de levar uma escada ou uma corda. Nãããooo, ela tinha que ser puxada pelos cabelos mesmo!
A Bela e a Fera
A Bela precisou conviver, durante muito tempo e com muita paciência, com uma "fera" em vários sentidos. Era "fera" no nome, na aparência, na brutalidade e na grosseria, e ainda era mal-educado, mal-amado, e talvez até mal-comido. E digo mais, antes dele virar príncipe, a Bela teve que dar uma de professora e ensinar muitas boas maneiras para que o mesmo pudesse se salvar de ficar fera para sempre.
Shrek
Acho que da princesa Fiona não preciso nem dizer nada. O resultado da sua busca pelo "príncipe encantado" todos nós sabemos: virou uma ogra, foi viver na lama e ainda ganhou de brinde um amigo Burro.
Aladdin
A princesa Yasmin já era princesa, o que mais ela poderia querer? Ah sim, um príncipe lógico! E o que o Aladdin fez? Típico caso do "príncipe" mentiroso, o cara fingiu que era rico para ela supostamente se encantar com isso e criar a mera ilusão que eles podiam casar e viver felizes para sempre. Daí, quando ela já estava totalmente apaixonada, ele disse: "É, pois é né Yasmin, eu não sou rico, nem príncipe. Na verdade, eu roubo pão."
Sininho ou Tinker Bell
O maior sonho da Sininho era o de ter o tamanho de um ser humano qualquer. Desejava isso para poder abraçar o seu amor platônico, Peter Pan, um menino perdido, imaturo e que não queria crescer. Enfim, ela gostou dele a vida toda e o Peter Pan nunca se tocou disso.
Cinderella
Fez de tudo para ir para a porcaria do baile, cumpriu milhões de tarefas e sofreu o pão que o diabo amassou. Por sorte, a fada madrinha apareceu e fez mágica, fazendo com que ela dançasse com o príncipe a noite toda, olhos nos olhos e rosto colado. E por mais sorte ainda, ela esqueceu o sapato de cristal, porque senão ela nunca mais seria encontrada. Veja bem, o cego do príncipe ainda teve que sair calçando o sapato em todas as mulheres do reino até encontrá-la.
Branca de Neve e A Bela Adormecida
Esse caso tem tudo a ver com a expressão "espera sentado". Tenho que confessar, ainda bem que a princesa Aurora e a Branca de Neve estavam dormindo, porque esperar pela boa vontade de um príncipe não sei durante quanto tempo não é nada fácil.
Depois de todas essas histórias, só tenho uma coisa a dizer:
Acho que já somos princesas...

sábado, 11 de outubro de 2008

Suas experiências também me ensinam

Certa vez, conversando com minha amiga Vitória, ela me disse que acreditava que na vida nada acontecia por acaso, tudo tinha uma razão de ser, desde as pessoas que aparecem como as que se vão também. Ela continuou:
- Eu te falei tantas vezes que talvez você devesse acabar seu namoro por não estar sendo aquilo que você esperava, e hoje me encontro numa situação parecida, sem saber se desisto ou se continuo tentando. Será que a razão disso tudo é castigo por eu ter falado isso para você?
Na mesma hora eu disse que não, um castigo não faria sentido. Porém, pensei em outra coisa que também estava relacionado ao que ela havia me dito: "Será que ela precisava ver o meu exemplo para melhor entender a situação em que ela vive hoje e isso ter influência na decisão dela?"
Lembrei-me do meu primeiro namorado, um relacionamento a distância. Quase todas as pessoas à minha volta diziam que não daria certo, e foi assim durante muito tempo. O mais engraçado é que uma dessas pessoas, que julgava o tipo de relacionamento que eu levava, viveu isso também no decorrer do tempo em que eu namorei. Acabou dando certo para ela, já o meu, não vingou, e fracassou exatamente quando todos perceberam que poderia dar certo, quando se convenceram de que realmente iríamos nos casar. Enfim, talvez tenha durado tempo suficiente para as pessoas finalmente acreditarem que era possível e para inspirar outros que viriam a passar por tal situação.
Por falar em namoros que viram casamentos, não é engraçado que você namore, 3, 4, 5 anos e case justamente com aquele namorado que você conhece a menos de 1 ano? Na maioria dos casos acontece assim.
Lembrei da minha amiga Ellen, ela teve um desses namoros como o meu, onde todos acreditavam que eles iriam se casar. Alguns anos depois que eles acabaram, ele a procurou. O fato é que ele passava por um momento de tribulação em sua vida, e ao em vez de procurar apoio nas pessoas que estavam próximas, procurou apoio na Ellen, que já havia se afastado fazia algum tempo.
A princípio a gente pode pensar: é, no caso dela talvez a vida dos dois tivesse que "dar essa volta" para eles se reencontrarem e finalmente ficarem juntos. Mas não, isso aconteceu para que ela finalmente o deixasse ir de sua vida, para a história deles ter seu fim e não uma continuidade como acontece com a maioria que se reencontra.
Esse reencontro fez ela perceber que ele não era o cara certo para estar com ela, o que ela achou que devia dar certo, não deu, e ainda bem que não teve a chance de acontecer, pois não daria certo novamente, como foi há 3 anos atrás. Também, provavelmente, ela perderia tempo e não conheceria o Mário, seu atual namorado.
Hoje eles, Mário e Ellen, estão enfrentando 6 meses de relacionamento à distância para poderem ficar juntos novamente. E o engraçado é que, ela sabendo o que eu já vivi, hoje recorre a mim para saber como eu aguentava tal situação, e consegue entender como me senti quando vivenciei aquilo.
Voltando ao que minha amiga Vitória disse sobre ela estar sendo castigada, também pensei em outro
exemplo, mas dessa vez bem ridículo. Há uns 4 anos atrás estávamos eu, Deyse e Loana na praia, nós soltamos uma brincadeira dizendo o quanto os "Dirceus" eram os melhores namorados do mundo, pois na época nós três namorávamos garotos que se chamavam Dirceu. Namoramos durante muito tempo, cada qual com seu Dirceu, mas hoje nenhuma de nós namora Dirceu, e tão pouco namoramos outro. Será que foi um castigo porque nos gabamos de namorar "Dirceus"?
Ok, falei isso para ser ridículo mesmo, é claro que não foi um castigo! Mas é mais uma estúpida ironia da vida, podendo te surpreender com situações pelas quais você nem imagina que irá passar. E como às vezes precisamos passar por situações ruins para que aconteçam situações boas, talvez seja sempre aquela velha história do "tive que sair disso para abrir os olhos e encontrar algo melhor" ou do "tive que perder para aprender dar valor".

Já dizia Alanis Morissette na música "Ironic":
"Bem, a vida tem uma maneira engraçada
de te atrapalhar quando você pensa que está tudo bem
e tudo está dando certo
E a vida tem uma maneira engraçada
de te ajudar
quando você pensa que tudo deu errado
e tudo explode na sua cara..."


Será que a vida sempre dá um jeito de mostrar que quando você diz, ou faz algo, se está errado ou certo? Seja isso com sua própria experiência, a prática, ou pela experiência dos outros, a teoria? Aparentemente, entende-se que não são só as suas próprias experiências que tem influência na vida, as experiências dos outros, querendo ou não, tornam-se de alguma maneira nossa parte teórica também. Enquanto alguns vivenciam a prática, outros apenas tentam entender a teoria de nossa prática para não cometerem erros.
Acho que a pergunta em questão seria: Será que a nossa prática sempre tem uma razão de ser? Mesmo que seja apenas para se tornar teoria para alguns, ou talvez prática depois?

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

"Quem bebe Sukita não engole qualquer coisa"

Pois bem, hoje eu tenho uma charada, aí vai:
Qual é o tipo de cara que numa balada te chama de bebê?
TIC TAC TIC TAC TIC TAC...
Tempo esgotado!
Se você respondeu que é o cara com faixa etária acima de 40 anos que dá em cima de garotas que são no mínimo 20 anos mais novas que ele, acertou! É o famoso "Tio". E quem não lembra daquele famoso "Tio" da propaganda da Sukita?
Nada contra os "Tios", para ser sincera alguns até despertam o nosso interesse, mas se você não dá bola para um deles, não tem porque o mesmo insistir.

Eu, Ellen e Lúcia, estávamos num desses barzinhos com música ao vivo. E veja bem, não tem nada mais inconveniente do que você sentar numa mesa e os caras da mesa ao lado ficarem "secando" você e suas amigas a noite inteira. Agora imaginem o quão inconveniente isto pode se tornar quando esses caras são 30 anos mais velhos que vocês e nem um pouco atraentes.
Cansadas de tal situação decidimos pedir a conta e nos levantar para ir embora. Mas ao nos levantarmos:
- Ei bebê!
Tem alguém de fralda, chupeta ou mamadeira pra ele tá chamando de bebê? Sinceramente, já passa de 1:00 da manhã, acho que todos os bebês do Brasil estão em seus berços dormindo!
- Psiu!
E como era de se esperar, a gente sempre ignora...
Já saindo do bar, estávamos na calçada para atravessar a rua quando...
- Psiu, ei bebê!
E quando acontece na terceira vez, a gente ignora também...
- Psiu, bebê!
Ignora...
Já atravessando a rua e chegando ao outro lado dela...
- Psiu, ei bebê!
Calma...
- BEBÊ!
Ok, entendam uma coisa, eu não tenho nada contra homens mais velhos, mas quem insiste merece resposta, e ele pediu por isso...
- Pois não vovô?
Porque enfim né, tio ainda dá pra pegar...

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Se o coco tiver os requisitos certos, rola

Quais são as chances do mesmo cara dar em cima de você no mesmo lugar, exatamente na mesma mesa e no mesmo dia da semana? 

Deyse e eu estávamos numa dessas caraguejadas de quinta-feira. Eu não imaginava que pintar as unhas de azul e vestir uma camisa preta com a palavra "No" escrita, pudesse ser motivo para a aproximação de um cara.
- Ôôôôôiiiiiiii!
- Oi.
- Gostei de v
ocê!
- É mesmo? Por quê?
- Tipo, tu tá altamente tricolor com essas unhas azuis!
- É?
- É, Fortaleza e tal, azul e vermelho.
- Nossa...
- E essa blusa preta com esse "No"!
- O que tem ela?
- Ela é altamente tricolor! É tipo, "No preto", "No Ceará", sacou?
- Hum... Saquei... Deixa eu adivinhar seu nome?
- Deixo, duvido que você adivinhe!
- Lázaro.
- Caramba! Tu é boa mesmo! Ou... Vem cá, tu me conhece?
Vamos relembrar um post que fiz nas férias do começo do ano, em
17 de Fevereiro de 2008

"História 4 - Escolha bem o batom que você usa
- Esse seu batom é muito bonito.
- Obrigada.
- Mas acho que você ficaria melhor ainda sem ele.
Silêncio constrangedor...
- Mas eu só posso fazer isso se você me permitir.
Silêncio ainda mais constrangedor...
- Posso?
- Não."
Pois bem, esse é o Lázaro. E com essa nós podemos concluir que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar, mas uma cantada cai.
- Você já deu em cima de mim nas férias passadas, aliás, por coincidência, numa caranguejada de quinta-feira, nesse mesmo lugar e nessa exata mesa.
- Foi?
- Você disse que meu batom era bonito, mas que eu ficaria melhor ainda sem ele e perguntou se poderia tirar e eu disse "Não".
- Ei! Essa cantada é boa né não?
- Oh, se é!
- Peraí que vou usar com a tua amiga.
Coitada da Deyse, ele se voltou para ela e me pedindo silêncio soltou:
- Ei, teu batom é lindo.
Acho que nem preciso dizer que a Deyse me olhou com uma cara de "Quem é esse louco? O que eu digo?". Então eu a ajudei:
- Agora você diz "Obrigada".
- Obrigada.
- Mas você ficaria melhor ainda sem ele, posso tirar?
- Não.
- Tá, então assim, tu tá vendo aquele morro ali?
- Não.
Detalhe: Embora estivéssemos na praia, não havia nenhum morro ou duna próximo, não faço a menor idéia de que morro ele estava falando para a Deyse.
- Tá, mas o coqueiro, aquele ali, tu tá vendo?
- Tô.
- Tá vendo o coco?
- Não tem coco.
- Mas se o coco cair rola?
- Cai.
Isso veio seguido de uma risada coletiva dos três envolvidos.
- Olha lá o que você vai me responder hein.
- Mas não tem coco!
É, e não tinha mesmo. Mas vamos filosofar a respeito, mesmo que existisse um coco, será que o coco cairia e rolaria? Oh Céus, eu me pergunto! Porque se você pensar bem dependem de muitas coisas para um coco cair e rolar.
1 - A altura da qual ele cai;
2 - A velocidade com a qual ele chega ao chão;
3 - O quão redondo ele é;
4 - O atrito dele com a superfície;
5 - A inclinação dessa superfície;
Ou seja, o coco tem que ser um coco com os requisitos certos pra poder cair e ainda rolar. Então, pensando bem, a pergunta dele foi até complexa.
Mas, voltando para a história, a noite se seguiu com ele tentando beijar minha amiga e ela dizendo:
- Não.
Ele tentando, e ela:
- Não.
E eu pensando: "Isso vai dar uma ótima história para o Meu Sopro."
Quando ele finalmente cansou...
- Olhe, eu vou embora! Mas se eu te ver ficando com um cara mais feio que eu, eu volto aqui! Ouviu?
Sim Senhor! Quem é ela para dizer algo? Ela não entende nem de cocos que caem e rolam na areia, quanto mais de caras bonitos.
 


Esse encontro foi construtivo para as nossas vidas, pois nós aprendemos que se aquele coco, especificamente aquele coco daquele coqueiro, cair, ele não rola... Ou será que rola? Não sei, acho que depende de qual coco vai cair.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Os 5 estágios da Vanessa na areia movediça

Não é exatamente uma história minha que tenho para contar hoje, na verdade é uma história "universal", que acontece praticamente com todos, o famoso "chute" de uma relação. Pode ser qualquer tipo de relação, um fica, um namoro, um casamento, uma sociedade, uma parceria, etc. Se você não viu aquele famoso vídeo "Os 5 Estágios de uma Girafa na Areia Movediça", provavelmente não entenderá esse post, sendo assim, assista.
Os estágios apresentados são: Negação, Fúria, Barganhando, Depressão e Aceitação. Considerando as experiências já vividas pelas pessoas que conheço e por mim mesma, nem sempre esses 5 estágios ocorrem exatamente nessa ordem no que se refere ao fim de um relacionamento. No meu caso, por exemplo, ocorreram na seguinte ordem: Fúria, Depressão, Negação, Barganhando, GRANDE DEPRESSÃO e Aceitação.
A partir disso, é possível traçar um paralelo do vídeo da Girafa com o final de um relacionamento.
Num primeiro momento você negará até o fim, não acreditará, pensará que está num pesadelo e que brevemente acordará. Não será por mal, mas seus amigos provavelmente te dirão frases idiotas como "vocês voltam" e "é só uma fase".
Quando você finalmente perceber que não é só uma fase, que vocês não vão voltar, que não é um pesadelo e que na verdade já está acordado, você será dominado pelo estado da fúria, se sentirá traído e enganado, tanto pela pessoa que fez isso com você quanto por você mesmo. Para aqueles que possuem "sangue quente" ou "cabeça quente", possivelmente terão pensamentos brutais, como por exemplo: socando a cara de seu "amado" até ele sangrar, ou mordendo a cara de alguém como no caso da Girafa.
Depois de tentar todas as coisas terrenas possíveis para que vocês tivessem um final feliz, você resolverá recorrer as coisas "não terrenas", seja tendo uma conversa sincera com Deus, ou indo naquele pai de santo para fazer aquele feitiço, ou quem sabe, venderá sua alma ao diabo. Não importa como, mas de alguma maneira você tentará barganhar para ter de volta o que perdeu.
Visto que nem as coisas terrenas e nem as "não terrenas" funcionaram, você cairá num estado de depressão, onde a única coisa que você saberá fazer é chorar e enxugar lágrimas, chorar e enxugar lágrimas, às vezes chorar, ligar para um amigo, se lamentar e enxugar lágrimas.
E por último, o estágio mais importante de todos, você aceitará. Vá pro inferno! A vida é muito melhor e maior do que ficar numa cama chorando por quem, uma hora dessas, está por aí vivendo enquanto você está morrendo.
Só haverá um problema, nesse tempo todo você não se dará conta, mas na verdade estava afundando, e mais cedo ou mais tarde chegará ao "fundo" do poço, ou como a Girafa, ao "fundo" da areia movediça. O seu consolo é que, estando no "fundo" do poço, as coisas não têm mais como piorar, e a tendência será a de alguém vir e te puxar para fora dele.
Considerando todos estes estágios e suas explicações, podemos "traduzir" as falas da Girafa para a nossa realidade: 

Estágio 1 - Negação
A Girafa diz:
"Tá, grande coisa. Provavelmente nem é areia movediça! Vou dar boas risadas com a galera quando lembrar disso hoje à noite. Hahahah... Hahah... Ha..."
Nós dizemos:
"Tá, grande coisa. Provavelmente nem é o fim mesmo! Vou dar boas risadas com ele quando lembrar disso amanhã. Hahahah... Hahah... Ha..." 

Estágio 2 - Fúria
A Girafa diz:
"AH PERFEITO! Areia movediça ESTÚPIDA! Floresta ESTÚPIDA! AAAAHHH! Quero morder a cara de alguém!!! FILHA DA P... ! FILHA DA P... ! F-I-L-H-A D-A P... ! AAAHHH! ESSA FLORESTA ESTÚPIDA!!!"
Nós dizemos:
"AH PERFEITO! Garoto ESTÚPIDO! Eu sou uma ESTÚPIDA! AAAAHHH! Quero espancar a cara de alguém!!! FILHA DA P... ! FILHA DA P... ! F-I-L-H-A D-A P... ! AAAHHH! ESSE RELACIONAMENTO ESTÚPIDO!!!" 

Estágio 3 - Barganhando
A Girafa diz:
"Você está aí Deus? Sou eu... Girafa. E... Escuta... Se você me der uma nova chance fora dessa areia movediça e tal... Eu prometo... Eu PROMETO... Não mijarei mais em cima das suas pequenas criaturas... E aí? Temos um acordo?"
Nós dizemos:
"Você está aí Deus? Sou eu... Vanessa. E... Escuta... Se você me der uma nova chance com ele e tal... Eu prometo... Eu PROMETO... Não brigarei mais por causa de pequenas coisas... E aí? Temos um acordo?" 

Estágio 4 - Depressão
A Girafa diz:
"BUÁÁÁ!!! BUÁÁÁÁÁÁ!!! BUÁÁÁÁÁÁ!!! BUÁÁÁÁÁÁ!!! BUÁÁÁÁÁÁ!!!BUÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁ!!!!!!!!"
Nós dizemos:
"BUÁÁÁ!!! BUÁÁÁÁÁÁ!!! BUÁÁÁÁÁÁ!!! BUÁÁÁÁÁÁ!!! BUÁÁÁÁÁÁ!!! BUÁÁÁÁÁÁ!!! BUÁÁÁÁÁÁ!!! BUÁÁÁÁÁÁ!!! BUÁÁÁÁÁÁ!!! BUÁÁÁÁÁÁ!!!BUÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁ!!!!!!!!BUÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁ!!!!!!!!BUÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁ!!!!!!!!BUÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁ!!!!!!!!" 

Estágio 5 - Aceitação
A Girafa diz:
"Sabe de uma coisa? Eu tô de boa... Eu aposto que no paraíso tem mais folhas suculentas do que eu posso comer. E cada um tem sua própria máquina de raspadinha. Issooooo... Leve-me ó doce morte! Eu aguardo pelo seu doce abraço... O quê? Acho que eu cheguei no fundo... MERD..."
Nós dizemos:
"Sabe de uma coisa? Eu tô de boa... Eu aposto que no mundo tem mais caras maravilhosos do que eu posso imaginar. E cada um tem sua própria alma gêmea. Issooooo... Chute-me ó doce tolo! Eu aguardo pelo seu doce arrependimento... O quê? Acho que eu cheguei no fundo... MERD..."
Agora você já pode se perguntar: "Qual a minha ordem de Estágios na Areia Movediça?"

sexta-feira, 11 de julho de 2008

"Beije a moça"

Já conhecia o Thales de outras festas que já havia ido do grupo de voluntários, mas numa festa em particular acabamos nos conhecendo melhor, e a partir desse dia ele sempre encontrava motivos para que eu fosse para as reuniões do grupo de voluntários.
O primeiro motivo foi uma "escolta" que ele fez no próprio dia da festa até minha casa, segundo ele eu deveria ir ao grupo como uma forma de agradecimento pela sua gentileza. Então... Eu fui...
Na segunda vez, segundo ele, eu teria que ir para buscar um anel meu que ele tinha "pegado emprestado" na primeira vez em que fui. Então... Eu fui...
Na terceira vez eu teria que ir, segundo ele, porque ele havia me entregado uma carta pessoalmente, então eu teria que responder essa carta e entregá-la pessoalmente assim como ele havia feito. Então... Eu fui...
E foi nessa terceira vez que acabei constatando "se afasta enquanto ainda dá tempo".
- Então, quando você vier sábado... Aliás, tenho que pensar no motivo pra você vir no próximo sábado.
- Thales, não virei mais.
- Por quê?
- Não posso mais ficar vindo.
- Não tá gostando?
- Não muito, mas o motivo é outro. É que não posso mais te ver.
- Por que não?
- Eu vinha pra cá por causa das pessoas, claro que também pelos motivos que você me dava, até porque eu nem gosto muito das reuniões. Mas com o tempo o meu motivo pra vir aqui mudou, eu venho porque quero ver você, porque gosto de estar com você, da sua companhia. Entende?
Tá, acho que agora ele vai me beijar...
- Entendo...
- Era isso, me desculpe qualquer coisa.
Eu ia adorar se fosse com um beijo...
- Mas então você pode vir e não me ver!
Pausa: é o quê?
- Mas eu só venho porque quero te ver.
Me beija...
- É né... Então você vem e me vê!
Sha-la-la-la-la, vocês já ouviram aquela música do filme da Pequena Sereia?
"Aí está ela, aprendendo a namorar
Nada, nada vai falar mas embora não a ouça
Dentro de você, uma voz vai dizer agora
Beije a moça..."
- Thales, não posso mais te ver, não tô afim de tomar na testa agora.
Me beija...
- Hum... Então você só vem por minha causa, e agora não pode vir mais por minha causa também?
- Sim...
Me beija...
- Eu entendo.
Vocês acham mesmo que ele entendeu?
- Então... Eu vou sentir sua falta...
Me beija...
"É verdade, gosta dela como vê
Talvez ela de você, nem pergunte a ela
Pois não vai falar, só vai demonstrar
Se você a beijar..."
- Mas a gente não pode se ver fora daqui?
- Se não posso te ver aqui, por que poderia em outro lugar?
Me beija...
- É, não fez sentido isso que eu disse.
Na verdade nada até agora fez.
- É isso...
Me beija...
- Bem, eu vou ali falar com o pessoal, você vai também?
- Não, vou ficar aqui.
Esperando você me beijar...
- Refletindo?
- Sim...
Não, esperando você me beijar...
Então eu fiquei ali e ele lá.
"Sha-la-la-la-la, vai não vai,
Olha o rapaz não vai, não vai beijar a moça
Sha-la-la-la-la, essa não, ele não tenta não
E vai perder a moça..."
2 horas depois...
- Vamos pra casa?
Acreditem, para complicar a situação eu estava de carona logo com ele. Imaginem o silêncio constrangedor. Eu que não gosto de nada mal resolvido, logo quebrei esse silêncio.
- Thales, você entendeu o que eu disse hoje?
- Sim, mas se você quiser me explicar de novo.
- Não, me explique você.
Depois disso você me beija...
- Você não pode mais me ver porque está começando a gostar de mim e não quer se decepcionar agora.
- Isso.
- Mas você não devia fazer isso.
- Por que não?
- Porque você não vai tomar na testa.
- Como assim?
- Porque eu gosto de você...
- Como assim?
Depois daquela atitude sem sentido eu tinha que ter certeza do que ele estava falando dessa vez.
- Me encontro na mesma situação que você me descreveu hoje, gosto de você como você gosta de mim, senão mais...
"Esta é a hora, flutuando na lagoa (no meu caso, dirigindo no carro)
Veja só que hora boa, não perca esta chance
Ela não falou e ela não vai falar,
Se você não a beijar..."
- E por que você não disse isso antes?
Traduzindo: E por que você não me beijou antes?
- Na verdade, eu fui pensar como eu ia fazer pra te convencer de ficar, pois queria poder te ver de novo.
Meninas, agora vocês podem fazer "ooooowwww".
- Você me deixou pensar mil e uma coisas.
Como por exemplo, que não queria me beijar...
- Desculpe Vanessa...
- Tudo bem...
- Agora que está claro para nós e para todos?
- Para todos?
- Sim, acho que todos perceberam que estava acontecendo algo entre nós nessas últimas semanas.
- É...
"Sha-la-la-la-la, vai com fé,
Que agora vai dar pé, é só você beijar
Sha-la-la-la-la, vai em frente
Não desaponte a gente, você tem que beijar..."

- Então... Como ficamos?
- Você quer saber se ainda vou nas reuniões do grupo?
Claro que não sua tonta!
- Não, quero saber como ficamos independente do grupo ou de qualquer outra coisa.
- Eu quero te ver mais vezes...
Mas antes me beija...
- Então verá.
Nesse momento chegamos na minha casa.
"Sha-la-la-la-la, pegue a mão,
Escute esta canção e beije logo a moça
Sha-la-la-la-la, pra ser feliz, faça o que a gente diz
E beije logo a moça.
Beija a Moça... Beija a Moça..."

Ah sim! Se ele me beijou ou não? Isso é segredo, e quem sabe assunto para uma outra história...

domingo, 1 de junho de 2008

Desagradáveis cantadas de uma sexta à noite

Ao longo de sua vida as garotas recebem muitos elogios, cantadas, etc, sendo difícil saber como se livrar quando os caras são verdadeiros "pregos" e te incomodam. Essa é uma pequena amostra de como algumas amigas minhas conseguiram se livrar desses "pregos" em uma de nossas saídas numa sexta à noite. Mas antes de usar alguma frase dessa lista ou outra qualquer, lembre-se: toda resposta pode vir seguida de uma outra muito mais desagradável que a sua, por isso, pense bem antes de falar e aplicar certas técnicas. 

3° Lugar - As Aparências Enganam
Andando numa dessas festas com a Ellen, somos paradas por alguém que diz:
- Vocês são gêmeas?
Para tomarmos consciência do caso, notem as nossas descrições:
Ellen: Loira, cabelo liso, 1,65m, olhos verdes.
Vanessa: Morena, cabelo cacheado, 1,78m, olhos castanhos.
Nesse caso a melhor resposta que pudemos pensar foi:
- Sim, somos almas gêmeas.

2° Lugar - Só Um
- Ah, me dá um beijo vai!
- Não...
- Só um...
- Não...
- Vou embora da sua cidade sem te dar um beijo?
- Vai...
- Tem certeza que não quer?
- Deixa eu te ver melhor.
[...]
- Agora eu tenho.

1° Lugar - Vamos Evitar o Constrangimento 
O garoto olhou para ela, ela olhou para ele, porque afinal de contas ele estava olhando para ela. Então, o que aconteceu? Pois é, ele veio na direção dela crente que era a última coca-cola gelada no deserto... Ela balançou a cabeça negativamente e pensou:
- Ah não! De novo não! Odeio, odeio essas conversinhas que já sei que a resposta é "não"! Não, só por hoje não!
Então, com aquele sorrisinho de "eu sou o cara" ele começou a abrir a boca, sabe lá Deus para falar o quê. E antes que ele pudesse dizer algo, ela se pegou dizendo:
- Não, sério, vamos evitar o constrangimento. Volta pro teu lugar.
E na sequência ela teve que aguentar aquela famosa cara de "Hã?".
- Não, é sério, você volta pro teu lugar, economiza a saliva e um discurso, continua sua noite agradável com os seus amigos e me poupa do trabalho de ser chata. E de quebra ainda me deixa continuar curtindo minha noite com as minhas amigas, que até então estava maravilhosa. Aí a gente evita uma conversa que todo mundo já sabe qual vai ser o final e fica todo mundo bem e feliz!
E para terminar, aquele sorrisinho amarelo:
- Certo?
É, para ela até estava certo, mas para ele não estava certo não. Ele tentou mesmo assim e levou o não mesmo assim.
Não foi dessa vez que ela conseguiu se livrar fácil dele, mas o "vamos evitar o constrangimento" acabou servindo como pretexto em uma outra ocasião.
Em um outro lugar, numa outra festa, esse mesmo cara apareceu e tentou novamente, mas dessa vez não foi com o "vamos evitar o constrangimento" que ela se livrou dele, e sim com "o vamos relembrar o seu constrangimento".

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Desagradáveis cantadas de um sábado à noite

Essas são 5 conversas curtas e diretas que levaram ao nada, mas que acabaram virando pérolas de uma sexta a noite.
História 1 - Qualquer motivo serve
Num luau com a quase inseparável amiga Ellen, que também foi abordada por um elemento do mesmo nível que o seguinte.
- Oi, como é seu nome?
- Vanessa.
- Prazer, eu sou o Fred.
- Prazer.
- Eu já vou, tchau.
Isso mesmo, a direta dele só tem começo e fim, sem meio, sacou?
Então só me resta dizer:
- Tchau.
- Você vai sair assim sem me dar um beijo?
Como assim eu vou sair? Eu continuo sentada! Mas o mais intrigante não é isso, a pergunta que não quer calar é:
- E por que eu deveria te dar um beijo?
Preparem-se para a resposta.
- Porque eu acho que nós formamos um belo casal!
E nesse exato momento eu pulei no pescoço dele e disse: Eu também acho!
História 2 - Eu te perdôo
Sentada numa mesa com a Ellen e a Lúcia num bar.
Um cara vem em direção a mesa e tenta brindar sua garrafa de cerveja com o meu copo de coca-cola. Eu, educadamente, correspondo ao brinde.
- Oi, como é seu nome?
- Vanessa.
- Meu nome é Alexandre.
Na hora você pensa: Eu perguntei o nome dele? Mas também se ele não se apresentasse não seria nada educado.
Ele continua.
- Me desculpa se eu te incomodei tá?
- É... tá...
- Tchau.
E oferece mais um brinde e sai.
Esse é mais um caso de conversa sem meio, apenas começo e fim.
História 3 - Um vidente formado em Harvard
Essa aconteceu no mesmo local da história 2, mas dessa vez a vítima foi a Lúcia.
Um indivíduo se aproxima, e sem ser convidado senta em nossa mesa de frente para a Lúcia.
- Você já teve um grande amor.
- Aham.
- E ele vai voltar e você vai ficar balançada com ele.
- E como você sabe disso?
- Eu sou vidente, formado em Harvard.
- Nossa!
- É, e você vai casar duas vezes. Vai ser infeliz no primeiro casamento, mas você vai se realizar no segundo casamento, esse sim você vai dar certo!
- Cara, isso não tá colando.
- Não estou tentando dar em cima de você não.
Então ela me olha com aquela cara de "Me tira daqui!". E eu ajudo dizendo:
- Cara, seja lá o que for que você queira, não tá colando!
Ele olha pra ela e diz:
- E essa sua amiga aí, vai ser a sua amiga solteirona. Ela não vai casar!
- Como você sabe que ela já não foi casada?
- Pode até ter sido, mas agora não casa mais não, vai morrer solteira!
Grau 5 de bebedeira, acho que ele estava mais pra 'rogador de pragas' do que vidente.
História 4 - Escolha bem o batom que você usa
- Esse seu batom é muito bonito.
- Obrigado.
- Mas acho que você ficaria melhor ainda sem ele.
Silêncio constrangedor...
- Mas eu só posso fazer isso se você me permitir.
Silêncio ainda mais constrangedor...
- Posso?
- Não.
História 5 - A Nora que o papai pediu
Até no shopping você não consegue escapar de uma curta e direta.
Um senhor que passa rapidamente com seu filho olha para mim e a Hannah. Não se aguentando acaba soltando:
- Essas aí vão ser minhas futuras noras!
Não se eu puder evitar casando com ela primeiro! É melhor eu correr!

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Quando ser mãe faz toda a diferença

Numa dessas noites de balada, depois de muito se pensar e dirigir, Ellen e eu acabamos por parar num certo luau de um certo sítio. Mal sabíamos nós que o lugar na verdade era um circo, onde existiam mágicos, aberrações e palhaços. Uma noite que mal começou, mas que já veio com um espetáculo surpreendente.
Para começar o show, um mágico fez o celular da Ellen desaparecer misteriosamente, a mágica foi tão boa que não conseguimos encontrar o celular e nem identificar o autor dá mágica. Oh! Vai me dizer que não foi uma mágica boa? Duvido se você faria melhor!
Nessa noite cheia de mágicas, presenciamos a mágica da transformação. Sabe quando o mágico põe uma pessoa numa jaula ou caixa e ele vira gorila? Pois é, dessa vez a gente viu um cara bem legal se transformar num verdadeiro otário.
E não posso deixar de falar dos nossos queridos amigos palhaços, sempre presentes com suas piadas hilárias e contribuindo para a série "cantadas bem sucedidas" do Meu Sopro.
Enquanto a Ellen procurava espectadores do circo na tenda eletrônica, eu acabei ficando sozinha. Não demorou muito, e alguém veio conversar comigo, essa conversa parecia ir normal até que...
- Desculpe por perguntar, mas você é mãe?
Mãe? Como assim eu sou mãe? Geralmente só "criança" dá em cima de mim. E quando um cara mais velho resolve fazer isso ele me pergunta se eu sou mãe com 3 minutos de conversa?
Agora imaginem a cara que eu fiz.
- É... Não!
- Não, não, não! Eu não tenho nenhum preconceito com mãe não, até porque se você fosse seria a mãe mais linda do mundo!
E o mais impressionante disso tudo é que ele devia estar na escala 3 ou 4 de embriaguez, ou seja, ele devia ter uma certa consciência do que estava falando.
Ainda bem que a Ellen apareceu, depois fiquei pensando:
- Desculpe por perguntar também, mas você é pai?
- Não, por que?
- Não, não, não! Eu não tenho nenhum preconceito com pai não, mas se você fosse eu teria pena do seu filho!

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Meu nome é Vanessa

Ontem, num certo dia de caranguejada, numa certa barraca, eu, Ellen e Lúcia dançávamos. Cansada, resolvi sentar. Não demorou muito para aparecer um cara que já tinha tentado me "puxar" durante a festa. Sentou do meu lado e com o braço apoiado em volta da minha cadeira.
- Ôôôii...
Só no "Oi" você já percebe o grau de bebedeira em que o indivíduo se encontra. E na escala de 0 a 10 posso garantir a vocês que ele estava no mínimo na 8.
- Oi...
Tenho que confessar, eu tenho um sério problema, não consigo ser mal educada com ninguém.
- Posso saber seu nome?
- Vanessa.
Mentira, meu nome não é Vanessa, nem ao menos se parece com Vanessa, é apenas o 'codenome' para os meninos que você sabe que nunca mais vai ver.
Meu nome é Cristiano.
É... quem perguntou?
- Quer cerveja?
- Eu não bebo.
Não é mentira, realmente não bebo. E o mais incrível foi que o bêbado me olhou como se eu fosse a bêbada.
- Você não bebe?
- Não bebo.
Qual parte do "eu não bebo" ele não entendeu?
- E você tá tomando o que?
- Coca-Cola.
- Você vai querer dançar ou vai querer ficar aqui conversando sentada?
Quer dizer, eu não tenho escolha, ou eu danço com ele ou eu converso com ele.
- Não, não quero dançar.
- Você sabe dançar?
- Não, eu não sei dançar pagode.
- Tudo bem, então a gente conversa.
Dentre as opções impostas por ele, acho que só me restou isso, não é mesmo?
- Você tá bêbado.
- O quê? Você acha que tô muito embriagado?
É incrível como algumas pessoas tem o poder de pegar uma palavra sua e jogar outra em cima como se fosse exatamente a mesma coisa.
- Não, eu disse bêbado.
- Hum... Sabe aquelas duas meninas ali na frente?
- Hum.
- Eu tentei conversar com elas, mas elas ficaram com medo de mim dizendo que era porque eu tava bêbado. E você não tá com medo de mim.
Meu Deus, por que eu também não pensei em fingir que tava com medo dele?
- Depois quando eu saí elas ficaram lá com um menino tão feio. Não, sério, eu sou feio! Como é teu nome?
- Vanessa.
- Então Vanessa, meu nome é Cristiano.
- Eu sei, você já disse.
- Continuando, porque eu sou feio, não, olha pra mim! Sério, pode olhar pra mim. Eu sou feio!
Então olhei e percebi o quanto ele tinha sido sincero nessa afirmação.
- Eu sou feio, mas o cara lá era pior que eu.
- Vai ver ele não tava bêbado.
- É...
Quando me dou conta, ele colocou meu cabelo pra trás, então coloquei pra frente de volta, e ele pra trás de novo.
- Não pega no meu cabelo.
- Tá. Então Cibele...
- Meu nome não é Cibele.
- Como é teu nome?
- Vanessa.
- Você nem sabe o meu.
- Cristiano.
- Parabéns! Quer cerveja?
- Eu já falei que não bebo.
- Você não bebe?
Suspiros... Também não posso deixar de comentar o quanto ele tentava desesperadamente pegar nas minha mãos como se eu fosse o Papa ou Jesus. Lembro
que ele veio com um papo muito estranho de quando uma coisa é uma coisa, e depois ficou falando que ia falar a frase no plural. Bem eu até gostaria de lembrar, porque isso me fez rir muito, mas conversa sem sentido é difícil lembrar.
- Como é teu nome?
- Cara, já te falei meu nome 4 vezes.
- E você lembra do meu?
- Cristiano.
- Pera, eu vou dizer.
Um paranormal em ação...
- Gisele!
- Não.
- Por favor, me diz só mais uma vez?
- Vou falar, mas se você não decorar, você vai embora.
- Você quer que eu vá embora?
Nossa, como ele tá até esperto pra quem tá bêbado!
- Se você não souber meu nome, eu quero!
Pra você ver como eu tinha certeza que ele não ia saber.
- Vanessa.
- Ok.
Ele pega no meu cabelo de novo, e nessa hora o capeta dentro de mim se libertou e eu fiz aquela cara! É! Aquela cara!
- EU JÁ FALEI PRA NÃO PEGAR NO MEU CABELO!
- Quer cerveja?
- EU JÁ DISSE QUE NÃO BEBO!
A Elen olha pra ele.
- Cara, ela vai te bater. Tu quer que ele saia?
Bem, não precisou muito, ele saiu e eu fui no banheiro com a Lúcia. Quando voltamos adivinha quem vem tentar dançar comigo?
- Você lembra meu nome?
Pronto! Agora eu finalmente ia me livrar dele.
- Sim! Vanessa!
Putz... Fugi novamente. Mas não demorou muito pra ele aparecer de novo.
- Cara, eu curto mulher!
Isso mesmo, eu inventei que era lésbica! E deu certo, ele foi embora!
3 minutos depois...
- Eu acho que você tá inventando isso.
- Gente, diz pra ele que eu gosto de mulher!
- Ela gosta de mulheeer!
E para encerrar com chave de ouro:
- Eu acho que se você tá inventando isso é porque você gosta de mulher mesmo!
- Isso!
Então ele finalmente foi embora para sempre e com raiva.
Então, o que aprendemos hoje?
Que um bêbado precisa que você diga seu nome de 5 a 7 vezes até ele decorar. E que jamais devemos pegar no cabelo cacheado de uma garota.
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