Ontem, num certo dia de caranguejada, numa certa barraca, eu, Ellen e Lúcia dançávamos. Cansada, resolvi sentar. Não demorou muito para aparecer um cara que já tinha tentado me "puxar" durante a festa. Sentou do meu lado e com o braço apoiado em volta da minha cadeira.
- Ôôôii...
Só no "Oi" você já percebe o grau de bebedeira em que o indivíduo se encontra. E na escala de 0 a 10 posso garantir a vocês que ele estava no mínimo na 8.
Tenho que confessar, eu tenho um sério problema, não consigo ser mal educada com ninguém.
- Vanessa.
Mentira, meu nome não é Vanessa, nem ao menos se parece com Vanessa, é apenas o 'codenome' para os meninos que você sabe que nunca mais vai ver.
Meu nome é Cristiano.
É... quem perguntou?
- Quer cerveja?
- Eu não bebo.
Não é mentira, realmente não bebo. E o mais incrível foi que o bêbado me olhou como se eu fosse a bêbada.
- Você não bebe?
- Não bebo.
Qual parte do "eu não bebo" ele não entendeu?
- E você tá tomando o que?
- Coca-Cola.
- Você vai querer dançar ou vai querer ficar aqui conversando sentada?
Quer dizer, eu não tenho escolha, ou eu danço com ele ou eu converso com ele.
- Não, não quero dançar.
- Você sabe dançar?
- Não, eu não sei dançar pagode.
- Tudo bem, então a gente conversa.
Dentre as opções impostas por ele, acho que só me restou isso, não é mesmo?
- Você tá bêbado.
- O quê? Você acha que tô muito embriagado?
É incrível como algumas pessoas tem o poder de pegar uma palavra sua e jogar outra em cima como se fosse exatamente a mesma coisa.
- Não, eu disse bêbado.
- Hum... Sabe aquelas duas meninas ali na frente?
- Hum.
- Eu tentei conversar com elas, mas elas ficaram com medo de mim dizendo que era porque eu tava bêbado. E você não tá com medo de mim.
Meu Deus, por que eu também não pensei em fingir que tava com medo dele?
- Depois quando eu saí elas ficaram lá com um menino tão feio. Não, sério, eu sou feio! Como é teu nome?
- Vanessa.
- Então Vanessa, meu nome é Cristiano.
- Eu sei, você já disse.
- Continuando, porque eu sou feio, não, olha pra mim! Sério, pode olhar pra mim. Eu sou feio!
Então olhei e percebi o quanto ele tinha sido sincero nessa afirmação.
- Eu sou feio, mas o cara lá era pior que eu.
- Vai ver ele não tava bêbado.
- É...
Quando me dou conta, ele colocou meu cabelo pra trás, então coloquei pra frente de volta, e ele pra trás de novo.
- Não pega no meu cabelo.
- Tá. Então Cibele...
- Meu nome não é Cibele.
- Como é teu nome?
- Vanessa.
- Você nem sabe o meu.
- Cristiano.
- Parabéns! Quer cerveja?
- Eu já falei que não bebo.
- Você não bebe?
Suspiros... Também não posso deixar de comentar o quanto ele tentava desesperadamente pegar nas minha mãos como se eu fosse o Papa ou Jesus. Lembro que ele veio com um papo muito estranho de quando uma coisa é uma coisa, e depois ficou falando que ia falar a frase no plural. Bem eu até gostaria de lembrar, porque isso me fez rir muito, mas conversa sem sentido é difícil lembrar.
- Você não bebe?
Suspiros... Também não posso deixar de comentar o quanto ele tentava desesperadamente pegar nas minha mãos como se eu fosse o Papa ou Jesus. Lembro que ele veio com um papo muito estranho de quando uma coisa é uma coisa, e depois ficou falando que ia falar a frase no plural. Bem eu até gostaria de lembrar, porque isso me fez rir muito, mas conversa sem sentido é difícil lembrar.
- Como é teu nome?
- Cara, já te falei meu nome 4 vezes.
- E você lembra do meu?
- Cristiano.
- Pera, eu vou dizer.
Um paranormal em ação...
- Gisele!
- Não.
- Por favor, me diz só mais uma vez?
- Vou falar, mas se você não decorar, você vai embora.
- Você quer que eu vá embora?
Nossa, como ele tá até esperto pra quem tá bêbado!
- Se você não souber meu nome, eu quero!
Pra você ver como eu tinha certeza que ele não ia saber.
- Vanessa.
- Ok.
Ele pega no meu cabelo de novo, e nessa hora o capeta dentro de mim se libertou e eu fiz aquela cara! É! Aquela cara!
- EU JÁ FALEI PRA NÃO PEGAR NO MEU CABELO!
- Quer cerveja?
- EU JÁ DISSE QUE NÃO BEBO!
A Elen olha pra ele.
- Cara, ela vai te bater. Tu quer que ele saia?
Bem, não precisou muito, ele saiu e eu fui no banheiro com a Lúcia. Quando voltamos adivinha quem vem tentar dançar comigo?
- Você lembra meu nome?
Pronto! Agora eu finalmente ia me livrar dele.
- Sim! Vanessa!
Putz... Fugi novamente. Mas não demorou muito pra ele aparecer de novo.
- Cara, eu curto mulher!
Isso mesmo, eu inventei que era lésbica! E deu certo, ele foi embora!
3 minutos depois...
- Eu acho que você tá inventando isso.
- Gente, diz pra ele que eu gosto de mulher!
- Ela gosta de mulheeer!
E para encerrar com chave de ouro:
- Eu acho que se você tá inventando isso é porque você gosta de mulher mesmo!
- Isso!
Então ele finalmente foi embora para sempre e com raiva.
Então, o que aprendemos hoje?
Que um bêbado precisa que você diga seu nome de 5 a 7 vezes até ele decorar. E que jamais devemos pegar no cabelo cacheado de uma garota.
Sortuda vc hein?!
ResponderExcluirSortuda até demais!
Excluir(Publicado em 25 de janeiro de 2008)
Já pensou se eu tivesse ido com você, Vanessa? Não teria essa história hilária pra contar... uhuahuahuahuauh
ResponderExcluirNunca se sabe o que pode acontecer...
Excluir(Publicado em 25 de janeiro de 2008)
HAUHAUAHAUAHUAHAUHAUAHUAHUAHUAHAUAH
ResponderExcluirContinue assim, porque adoro escutar essas histórias
HAUAHUAHAUHAUAHUHUAHA
Continuarei sim! Obrigada!
Excluir(Publicado em 25 de janeiro de 2008)
Ahaha! Já é uma comédia te ver passar por essas histórias; te ouvir contando é quase impagável, mas, quando vc escreve... hahaha!!!
ResponderExcluirParabéns Vanessa! E espero que hoje passemos por uma história comédia assim, pra vc colocar aqui de novo!!! hahaha
Obrigada amiga! E acredite, ainda vamos passar por muitas outras histórias hilárias juntas!
Excluir(Publicado em 31 de janeiro de 2008)
amei....foi tão bem escrito q eu vi toda a cena
ResponderExcluirObrigada, fico muito feliz que tenha gostado!
Excluir(Publicado em 16 de fevereiro de 2008)