Acho que nunca fui muito de acreditar em religiões, adivinhações, crenças, coisas místicas, etc. Confesso que até achava interessante essa coisa de signos, mas como sou bastante racional e nunca encontrava racionalidade nisso, jamais encarei de maneira séria esse tipo de coisa.
Até que, um dia, fui num Astrólogo, pois estava fazendo um trabalho sobre Astrologia. Fiquei impressionada com tudo o que ele falou ao meu respeito, mas a questão
amorosa, obviamente, foi a que mais chamou a atenção.
Ele disse que
eu estava muito fechada para o amor ultimamente, e de fato já estava
há um ano e meio sem me interessar por ninguém. Apesar disso, ele
disse que eu iria conhecer e namorar uma pessoa muito falante,
boa de papo, carismática e que talvez por causa desse alguém eu precisaria ir embora da minha
cidade. Disse até o ano em que eu provavelmente me casaria.
Não levei muito a sério, mas segundo ele, para a Astrologia o universo conspira para aquilo acontecer e a decisão depende de mim, pois isso tudo são apenas tendências.
Um mês se passou e fui esquecendo essa história, naquele mês eu estava totalmente empolgada com um show em São Paulo, tão empolgada que comprei o ingresso e a passagem meses antes.
Outro mês se passou e num dia qualquer, acabei me tornando amiga virtual de um cara chamado Alberto, que sempre comentava nos posts do meu blog. Por coincidência, ou destino, um amigo estava fazendo uma visita ao Alberto naquele dia, por conta disso conheci o Antoni, e desse dia em diante não paramos mais de conversar.
Apesar do Antoni morar em São Paulo, nos tornamos amigos rapidamente, nos falávamos quase todos os dias, até mesmo sobre
assuntos pessoais, acho que pelo fato dele ser muito falante, bom de papo e carismático. Assim, fomos ficando íntimos e ele foi ganhando espaço no meu coração, tanto que finalmente se declarou:
- Bem Vanessa, preciso te contar algo... É que... Eu gosto de você... Mesmo!
Confessei
que sentia algo, mas que não nos conhecíamos pessoalmente, era complicado devido ao fato de morarmos longe um do
outro e não sabia se confiava viver novamente um
namoro à distância. Enfim, como em toda história de amor, ele disse
que provaria que era diferente dos outros.
Uns meses depois eu já
estava de malas prontas para ir a São Paulo ver o show que tinha comprado antes mesmo de conhecer o Alberto e Antoni. Eles
queriam me conhecer pessoalmente já que eu ficaria alguns dias na cidade. Sendo assim, marcamos um encontro num bar junto com alguns amigos meus de lá. Como era de se esperar, foi aquele clichê, nos abraçamos e meu coração bateu forte.
Até então, nada havia acontecido. Foi quando decidi pegar meu casaco na chapelaria e ele resolveu me acompanhar que ele me
encostou, literalmente, na parede. Me abraçou forte e quando
percebi que poderia me beijar fiquei muito nervosa.
- Antoni! Não tô pronta pra isso!
- Não tem problema, só quero ficar abraçado...
O problema era que eu desejava que acontecesse algo entre
nós, mas não queria me apegar, pois morava longe e ele já havia deixado
claro que queria um compromisso sério. Sabia que se nos beijássemos isso se tornaria algo sério.
Finalmente fomos para casa onde eu estava hospedada. Ao chegar, me deparei com Antoni segurando um buquê de rosas e bichinhos de pelúcia. Agradeci, muito envergonhada, com um beijo no rosto dele.
Foto por Alberto Otrebla
No dia seguinte, nossos amigos fizeram um jantar na casa da minha amiga. Antoni e eu ficamos o tempo inteiro juntos, mas dessa vez percebi que ele não insistia como antes, talvez por causa da noite anterior. Aproximei minha mão para perto da dele, ele percebeu e a segurou por debaixo da mesa.
No outro dia, decidimos sair com nossos amigos para o Burger King. Conversamos sobre diversos assuntos e lembro-me que ele falava sobre algo triste e acabei dando um beijo em seu rosto para consolá-lo. Desse beijo ele foi virando bem devagar em minha direção, quando percebemos já estávamos nos beijando.
Sim, seguido de suspiros e sorrisos, nós demos o nosso primeiro beijo no Burger King
. Ok, deixo vocês brigarem comigo por isso. Tive a oportunidade de beijá-lo numa balada ao som de músicas sensacionais, em frente ao prédio que estava hospedada numa rua simpática com árvores lindas, num jantarzinho descontraído com os amigos íntimos e nosso primeiro beijo foi logo no Burger King!
Não que o Burger King
seja um lugar ruim, até gostamos de lá, só que agora teremos que admitir que ele se tornou especial e inesquecível, o que é muito estranho.
Logo após o beijo, Antoni tirou do pescoço um cordão com um crucifixo e colocou nas minhas mãos.
- Quem me deu isso foi a mulher que mais amei na vida, minha avó. Quero que fique com você.
- Não! Tá maluco? Você nem sabe quando vai me ver de novo!
- Me devolve quando a gente casar...
Insisti para que ele ficasse com o cordão, afinal de contas eu não tinha aceitado namorar. Mas ele foi firme na decisão e não aceitou.
O dia do show chegou, que por sinal foi ótimo. Depois, nos reunimos na casa de um amigo do Antoni, onde todos acabaram dormindo por lá. Pela manhã, quando acordei, ouvi Antoni ainda meio dormindo falar baixinho:
- Vanessa, eu te amo...
Com um sorriso de orelha a orelha ele me perguntou:
- Namora comigo?
E é claro que eu disse que siiim!
Até agora o
"universou conspirou" para estarmos com quase 1 ano e meio de namoro e, apesar da distância, nós continuamos e vivemos esse amor nos visitando sempre que possível e nos falando todos os dias, seja por telefone ou via internet. Não sei se está escrito nas estrelas que vamos nos casar, mas o cordão continua comigo e estou aprontando as malas para estudar em São Paulo muito em breve!
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