quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Vanessa entrevista: Por que homens e mulheres "gostam" do desprezo?

Este é um novo tema para as minhas postagens "Vanessa entrevista". Aqui não contarei histórias, apenas entrevistarei homens e mulheres para tirarmos dúvidas e discutirmos a cerca do assunto.

A pergunta de hoje surgiu porque me lembrei que há muito tempo atrás eu, Vanessa, estava interessada em um rapaz que também se mostrava bastante interessado em mim, mas que não sabia muito bem o que queria fazer com esse interesse. Impaciente com a indecisão do garoto, resolvi sumir, ou então falar muito pouco, ou não dar muito atenção para o mesmo. Pouco tempo depois, recebi uma mensagem dele que dizia apenas "saudades de você".
Então, resolvi perguntar para ambos os sexos: Por que homens e mulheres "gostam" do desprezo? 

Sara (23 anos): "Do meu ponto de vista, acho que nenhum ser humano gosta de ser desprezado. O que eu como mulher, gosto mesmo, é do frio na barriga que a dúvida causa: Será que ele está afim? Não é desprezo. Eu gosto de atenção, carinho e valorização, mas deixando também uma dúvida se a pessoa está se envolvendo ou não. Então não é que a gente goste do desprezo, é que o desprezo dá, de alguma forma, uma saculejada no relacionamento. A pessoa fica mais envolvida em conquistar, ir atrás, etc etc, ou não. Um dos ditados que eu acho mais certo é: 'Só valorizamos as coisas, como elas devem ser valorizadas, quando realmente perdemos'. E o desprezo causa isso. Em algumas circunstâncias, quando somos desprezados, corremos atrás de reconquistar o que um dia já foi nosso ou queremos que seja nosso. Ou então, verificamos que aquele alguém que está nos desprezando não significa nada para a gente." 

Katarina (28 anos): "Os homens e as mulheres sentem desejo de dominar uns aos outros, e quando não conseguem criam em suas mentes um desafio, querendo dominar aqueles que não conseguem. A partir do momento que se é desprezado, sentimos que além de não termos poder sobre a pessoa, podemos perdê-la a qualquer momento. De certa forma isso é gostar, pois você sente a perda, sente a falta, e se você não gostasse não faria esforço pra conseguir de volta. E por que as mulheres, como eu, não desprezam os homens para tê-los de volta? Por medo de desprezar e eles não sentirem falta, perceber que não gostam de você. Aí falhou!" 

Alice (24 anos): "Eu acho que ninguém gosta realmente do desprezo. Homens e mulheres gostam da conquista, e quando eles não são bem sucedidos vem o desprezo. Entende? Eles insistem porque tem esperança, porque é ruim admitir uma derrota, e quando se trata de gente nada é tão simples. Deve ser como procurar um emprego, você precisa de emprego pelas razões óbvias: dinheiro para comprar sapatos! Não, brincadeira. Mas tipo, você acha uma vaga que te interessa e tenta preencher, se o encarregado diz que gostou e vai entrar em contato, você espera, se ele não liga em 2 dias você liga mostrando que está determinado, e por aí vai até ele dizer "já achamos outra pessoa!", então você começa a procurar outra vaga. Eu acho que o desprezo é como uma enchente, perturba, mas não move montanhas, pelo menos no caso das pessoas." 

Vinicius (22 anos): "Na verdade, não gosta não. Mas é igual a todas as outras pessoas do mundo, quando acha que não consegue fica doido. Só que birra emocional dói e tem gente que acaba pirando. Mas homem gosta do desprezo do mesmo tanto que a mulher, o que é um saco." 

Alberto (26 anos): "O desprezo tem que ser cuidadoso, é uma boa arma, mas é uma faca de 2 gumes. Desprezo é bom só em pequena quantidade. Homens tem o péssimo costume de esquecer a pessoa que está do lado, não por deixar de gostar dela, nem pela "garantia" de estar junto de alguém. Eu percebi, durante os meus namoros fracassados, que um pouquinho de desprezo nos faz voltar a emoção da reconquista. Sabe tudo aquilo que as mulheres reclamam? Dos homens que não as reconquistam constantemente? Pois é, então, se não houver o 'desafio' o homem não irá fazer, e é aí que entra o desprezo. Claro que tudo piora quando o desprezo é demais e o homem vê suas tentativas serem frustradas dia a dia. Eu já passei pelas duas situações, tanto a do 'sem desprezo nenhum' quanto a do 'desprezo demais'." 

Doupi (26 anos): "O ser humano é como um gato, principalmente a mulher tem a personalidade parecida com a de um gato. Se você fica dando importância para uma pessoa, a pessoa sente que já tem sua atenção e você passa a ser alguém já certo ao invés de uma pessoa que precisa ser conquistada. Então o desprezo é uma forma do outro entender que você não está tão interessado, e isso é estimulante, porque você quer ser desejado. É como um gato, pegue o gatinho no chão e fique abraçando e acariciando que ele vai querer sair de perto de você, mas se você balançar uma pena na frente dele, vai atrair a atenção dele, e se você tirar isso da frente dele, o bicho vai ficar louco procurando."


Minha opinião? Bem, dizem que o entrevistador apenas deve relatar um fato e fazer as devidas perguntas. Jamais deve expressar sua opinião, pois o leitor pode ser influenciado pela a mesma.
Mas como todo bom entrevistador, um resumo cabe aqui.
Depois de ouvir todas as respostas, percebi que diferentemente do que a maioria das pessoas falam, que homens e mulheres são dois mundos totalmente distintos, ambos
na verdade pensam de maneira semelhante pelo menos nessa questão do desprezo. Ambos os sexos acham que as pessoas "gostam" do desprezo por uma questão de conquista ou reconquista, por medo de perder aqueles que amamos.
Talvez a posição de quem despreza também seja difícil, já que grande parte dos que desprezam também se sentem numa certa condição de desprezados, pois tudo o que querem é serem valorizados pela pessoa amada. Afinal de contas, não podemos nos esquecer que na verdade somos todos gatos à procura de um bom emprego.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Encontro de casais

Era um casal comum, Adriano e Paula. Um dia, não sei exatamente por qual motivo, Paula pediu ao marido Adriano:
- Amor, tive uma ideia! O que você acha de nós irmos para as reuniões do Grupo de Casais da Igreja?
O marido não queria, Paula insistiu. Ele não queria, ela queria, ele não queria, ela queria... Por fim, o marido acabou cedendo ao pedido da esposa e ambos começaram a frequentar o Grupo de Casais da Igreja.
Numa dessas idas ao Grupo conheceram Andréia e Pablo, outro casal que já frequentava o mesmo Grupo. Conversa vai, conversa vem, uma saída ali, outra acolá, adivinhem o que aconteceu? Não, não foi isso que você pensou, eles não fizeram troca de casais e foram numa Casa de Swing. Apenas Adriano conversou demais com Andréia e Andréia conversou demais com Adriano. De fato, a conversa foi tão intensa e profunda que um acabou se apaixonando pelo outro.
Pulando a parte clichê, onde os traídos descobrem a traição e rola aquele barraco, o resultado disso foi a separação de ambos os casais e a união de um novo casal, Adriano e Andréia, que se encontram juntos até hoje, firme e forte! Dá até para imaginar porque, afinal de contas o que o Grupo de Casais uniu o homem não separa. Brincadeiras à parte, já Pablo e Paula não tiveram conversas intensas e profundas e nem tão pouco se apaixonaram um pelo outro.
 

Notem a situação dos casais, quer dizer os ex-casais, eles estavam todos juntos no mesmo lugar, podendo assim "vigiar" uns aos outros, e estavam num lugar onde as pessoas acreditam ser bastante improvável de ocorrer uma traição.
O que quero dizer com isto? Bem, fica a lição para todos os casais que não saem para determinados locais porque acham que são locais propícios para se levar cantadas que te farão perder a pessoa amada. E também para aqueles que não gostam que o outro tenha uma vida própria e saía sozinho vez por outra.
A verdade é que para perder um companheiro ou companheira, basta apenas ter um.
Não é porque vamos numa balada, ou num show, ou até mesmo na casa de uma ex-namorada dele, que vamos perder a pessoa amada. Não é porque ela sai sozinha que ela vai te trair ou te trocar por outro.
Traição acontece em qualquer lugar, e não podemos deixar de viver ou sair por causa da possibilidade de uma eventual perda. Não precisamos estar sozinhos ou longe para trair ou perder alguém,
porque afinal de contas, o pecado pode mORAR ao lado...
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