sábado, 18 de abril de 2009

Acabou, mas não foi em vão

Quando eu e Thales acabamos continuamos nos falando e, devido aos amigos que tínhamos em comum, às vezes até nos encontrávamos. O problema era que nessas conversas e encontros sempre rolavam indiretas, ou diretas, vindas da parte dele. Foi como se tivéssemos regredido, com aquele velho jogo do "você quer ou não?".
Cansada disso, resolvi botar as cartas na mesa:
- Me diz uma coisa, qual é a tua? Qual o objetivo disso tudo?
Ele acabou sendo sincero, disse que ainda gostava de mim em todos os sentidos, incluindo como namorada, mas que não sabia o que pretendia com todas as indiretas e diretas.
- E você Vanessa, qual é a sua?
- Muda algo em sua vida saber qual é a minha?
E pasmem, ele disse que não mudaria em nada, que gostaria de saber apenas por curiosidade.
Sem pensar, e por estar chateada com o fato dele não saber o que pretendia, acabei por responder:
- Então você não precisa saber qual é a minha...
O arrependimento bateu logo após eu ter saído do carro, e no elevador de casa mesmo mandei uma mensagem: "É, não devia ter tocado no assunto, como você disse, não muda em nada. Mas só para 'matar sua curiosidade', eu também ainda gosto de você em todos os sentidos". Poderia ter sido um ótimo "final de filme" se uma semana não tivesse se passado e eu não tivesse ficado sem resposta.
Acabamos nos cruzando exatamente uma semana depois, e ele agiu como se nada houvesse acontecido, fiquei com a pulga atrás da orelha e acabei ligando:
- Oi!
- Oi!
- Vem cá Thales, você recebeu minha mensagem?
- É... Recebi...
- Você se deu ao trabalho de responder?
- É... Não...
- Posso considerar sua atitude como um "Vanessa, desisti de você"?
- Talvez...
- Sim ou não?
- Talvez...
- Eu quero uma resposta agora, sim ou não?
- Sendo assim, e tendo que dar uma resposta agora, então foi, eu desisti.
- Ok, era só isso que eu queria saber. Um beijo, tchau.
- Outro, tchau.
Um minuto depois, recebo uma ligação de volta.
- Alô?
- Você não vai ficar com raiva de mim né?
- Thales, dá vontade de "chorar de raiva" por causa da situação pela qual você me fez passar nos últimos meses. Faz 3 meses que a gente acabou, faz 3 meses que você fica com diretas, indiretas e brincadeiras.
- Eu faço brincadeiras com todas as minhas amigas.
- É mesmo? Você diz para todas as suas amigas que sente saudades delas, que ligou apenas para ouvir a voz delas, que elas são seu presente, passado e futuro, e ainda diz que gosta delas em todos os sentidos?
- Não faço, pois haviam coisas que eu FAZIA com você que eram diferentes.
- Fazia? Há uma semana atrás você fez.
- É, fazia, não faço mais.
- Eu realmente não consigo entender a lógica do nosso relacionamento. Como duas pessoas se gostam e não conseguem ficar juntas?
- Não gosto mais de você como antes.
- Como assim? Há uma semana atrás você disse: "Eu gosto de você em todos os sentidos", e agora vem me dizer que mudou?
- Sim, mudou.
- Muito bom, muito bom saber que seus sentimentos mudam em uma semana, ainda mais quando no mesmo dia você soube por uma mensagem que eu sentia o mesmo.
Não me lembro de detalhes e nem de toda a conversa, lembro apenas que ele sentiu-se mal, pediu desculpas, tentou justificar algumas coisas como "erros de comunicação". E por último demonstrou preocupação com o meu estado:
- Você não vai chorar né?
E eu, querendo "vingança" por esse tempo todo, disse:
- Não vou, não se preocupe não, em uma semana eu te esqueço também.
Pronto, essa é a parte em que vocês aconselham: "Vanessa, nunca mais fale com esse louco que não sabe o que quer!" ou "Vanessa, menina você pulou foi uma fogueira alta!".
Apesar dessa história de "loucos", a verdade sobre Thales ainda está por vir. Nos falamos novamente mais ou menos um mês depois. Agradeci a ele, sim eu agradeci o Thales, não pelo último acontecimento, claro, mas por ele ter feito a diferença em minha vida. O Thales apareceu em uma época ruim para mim, eu já não acreditava mais nos outros e nem nos meus sentimentos. Ele me trouxe novamente a empolgação da conquista, a dúvida de ser desejada ou não e a ansiedade do primeiro beijo. Ele me fez perceber o quão linda eu era, que eu poderia gostar de outras pessoas e que isso poderia ser recíproco. Me acolheu quando chorei, me entendeu quando precisei, e tentou quando eu quis desistir. Fiz questão que ele soubesse de todas as coisas as quais eu era grata. 

O tempo passou e hoje, apesar da distância, somos amigos. Não me arrependo das coisas que vivemos juntos, teria feito tudo novamente. O Thales além de cumprir um papel no Meu Sopro, cumpriu e cumpre um papel em minha vida, o qual só eu sei o quanto importa.

20 comentários:

  1. Vanessa pode ser que talvez voce decida.=p

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    1. Eu já me decidi faz muito tempo, e "talvez" é realmente a sua palavra! Hahahahah...

      (Publicado em 19 de abril de 2009)

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  2. ai ai... "homens"... eu diria "vai entender, né?"
    mas a realidade é tão simples... todos tem defeitos de fabricação!

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    1. Todos nós temos defeito de fabricação. O que nós resta é encontrar alguém com um defeito que saibamos consertar ou aceitar e alguém que saiba consertar ou aceitar o nosso defeito.

      (Publicado em 19 de abril de 2009)

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  3. haha
    essa foi a história mais doida que eu já ouvi, viu.

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    1. Eu realmente queria causar isso nas pessoas. Uhauhauhauhauha...

      (Publicado em 20 de abril de 2009)

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  4. homem "decidido" assim eu quero é distancia =P
    não merecem vanessas \o

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    1. Às vezes merecem, só precisam de um empurrãozinho!

      (Publicado em 23 de abril de 2009)

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  5. homens são todos tão iguais S:
    adorei o blog !

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    1. Aaahhh, o Thales não era tão igual assim, me rendeu muitas risadas depois, pior é quando não rende!
      Obrigado pela visita, volte sempre!

      (Publicado em 23 de abril de 2009)

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  6. Adorei os seus comentários, e poisé com o tempo a gente acaba entendo diversas coisas que no momento não existem respostas, acho que foi esse o motivo de ter um blog tambem, precisar de alguma forma escrever oque sinto, é bom se expressar e essa foi a maneira que encontrei !
    Alguns comentários seus me fizeram rir, obrigada por passar no meu blog, eu concerteza vou estar sempre aqui lendo suas postagens, beijos

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  7. Achei PERFEITO o fato de vc reconhecer o papel importante que o thales desempenhou na sua vida. As pessoas deveriam fazer isso mais, não necessariamente publicamente.
    Parabéns =) Isso é uma evolução muito legal.
    E que bom que vc finalmente colocou um feed! Fica mais fácil acompanhar o blog assim!
    Bjos!!!

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    1. Talvez tudo tenha uma razão de ser...
      Beijos!

      (Publicado em 24 de abril de 2009)

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  8. É realmente deve ser uma coisa normal, sentir um vazio tão grande, eu acho que fiquei com 'medo' de novos amores mais quem sabe um dia (?) EHAOHEAOE

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  9. olà!
    minha irma me "apresentou" teu blog...e todo dia, leio algumas historias..e sabe, tem muito em comum comigo.
    essa do thales mesmo..hehe..estou vivendo isso com meu ex namorido..atual amigo colorido.
    lendo o q tu escreve, entendo que o que estou passando todo mundo passa..e que é mais comum do que imagino.
    gostei da historia da tua vò tmb..
    entre outras.
    mas faz algum tempo de nao escreves nè?o q houve?
    beijo!

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    1. Agradeço pela visita e principalmente pelo comentário, são eles que me fazem querer continuar sempre com o meu blog.
      Me sinto mais feliz ainda em saber que você gostou e que se identifica com o mesmo, é sempre bom saber que não estou sozinha nesse mundo louco dos relacionamentos, e que isso de fato é algo comum.
      Faz muito tempo que não posto mesmo, tenho até alguns rascunhos feitos com algumas idéias soltas. Porém, ando meio sem tempo, com o final de semestre na faculdade, e ainda não pude colocá-las em ordem. Creio que em breve escreverei uma nova história, só me resta escolher qual delas.
      Um beijo e mais uma vez, obrigada pela visita!

      (Publicado em 4 de dezembro de 2009)

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