No mês passado conheci uma amiga do meu atual namorado que recentemente havia terminado um relacionamento. Passei vários dias com a Mellany tentando animá-la e fazendo com que ela não lembrasse tanto do ex-namorado. A situação dela me lembrou quando terminei o meu primeiro namoro, término no qual resultou o blog Meu Sopro.
Parece que essa coisa de terminar namoro é sempre a mesma situação clichê para todas as pessoas, digo isso porque ela falava exatamente as mesmas coisas que eu falava:
"Vocês não entendem, não era para ter acabado!"
"Vocês não sabem o que eu estou passando!"
"Por que ele está fazendo isso comigo?"
"Eu sei que ainda dá para ajeitar!"
"Ele ainda me ama, eu sei que ama!"
"Tenho certeza que não vou conseguir esquecê-lo!"
Enfim, você fica totalmente paranóica, com aquela impressão de que o passado te persegue em qualquer lugar, a qualquer hora, com qualquer pessoa e com qualquer palavra.
Mas, voltando a história, vendo a Mellany naquela situação fiquei tentando lembrar quais eram as coisas ridículas que me faziam lembrar do meu ex na época em que acabamos. Tinha um pouco de cada uma já dita anteriormente, mas o meu maior problema foi relacionado a cidade em que morava Dirceu, meu ex, que era Florianópolis - SC.
Namoramos à distância e lembro-me que, quando terminamos, as placas de carro me lembravam ele porque, acredite se quiser, quase todas as vezes em que eu decidia olhar para a placa de um carro lá estava escrito Florianópolis - SC. E parecia que tudo no Brasil só acontecia em Florianópolis, o jornal todos os dias tinha notícias relacionadas a Florianópolis, até a maldita previsão do tempo tinha que dar a mínima ou a máxima de Florianópolis sempre!
Meus amigos, é claro, diziam que isso estava apenas na minha cabeça, e eu tentava mesmo acreditar que era apenas uma paranóia, porém, chegou um tempo em que eu tive a certeza absoluta de que o universo realmente conspirava contra mim. Minha confirmação veio quando resolvi sair para uma balada pela primeira vez depois do término do namoro.
Três rapazes abordaram eu e minha amiga Ellen no fim da balada e se apresentaram, um deles falou:
- Olá! Muito prazer, meu nome é Tirceu!
No mesmo instante pensei:
- Primeira vez que saio depois que acabei o namoro, primeiro cara que conheço, e o nome dele tinha que ser parecido com o do meu ex. E sem falar que ele ainda tem o mesmo tipo do meu ex, cabelos, olhos, altura, etc.
Deixei para lá, paranóia minha, o cara era legal e eu não podia culpá-lo só por ter um nome parecido com o do meu ex, não é mesmo?
Como eu já disse em outros posts, eu e a Ellen não dizíamos nossos nomes verdadeiros para as pessoas que conhecíamos nas baladas e nesse dia nós também o fizemos. Mas já no final da festa o arrependimento bateu, pois havíamos conversado horas e horas e todos haviam sido muito simpáticos.
- Olha, preciso ser sincera contigo, Vanessa não é meu nome verdadeiro.
Até hoje eu não consegui saber se o passado realmente me perseguiu naquela época, o que eu sei é que o passado fica presente durante algum tempo, mas que cabe a mim decidir se ele vai ser o meu futuro.
"Vocês não entendem, não era para ter acabado!"
"Vocês não sabem o que eu estou passando!"
"Por que ele está fazendo isso comigo?"
"Eu sei que ainda dá para ajeitar!"
"Ele ainda me ama, eu sei que ama!"
"Tenho certeza que não vou conseguir esquecê-lo!"
"Eu nunca mais vou achar ninguém que combine comigo como ele..."
Dentre todas as frases, uma me chamou mais atenção: "TUDO me lembra ele, TUDO!"
Esse negócio de "TUDO me lembra ele" acaba derivando para "o passado me persegue" e "o universo conspira contra mim", e isso chega a ser ridículo. Tão ridículo que um azulejo quebrado lembra o dia em que você entrou numa loja com ele e o azulejo também estava quebrado. Tão ridículo que um cara que passa na rua, e que não se parece nenhum um pouco com o seu ex, pode lembrar ele só porque ele também tem o cabelo liso. E as músicas românticas? Para ser mais ridículo ainda, nem precisa ser uma música romântica, porque em QUALQUER música vai existir um trecho que vai te lembrar algo do seu ex.
Foto por eren | thisvintagechica
Dentre todas as frases, uma me chamou mais atenção: "TUDO me lembra ele, TUDO!"
Enfim, você fica totalmente paranóica, com aquela impressão de que o passado te persegue em qualquer lugar, a qualquer hora, com qualquer pessoa e com qualquer palavra.
Mas, voltando a história, vendo a Mellany naquela situação fiquei tentando lembrar quais eram as coisas ridículas que me faziam lembrar do meu ex na época em que acabamos. Tinha um pouco de cada uma já dita anteriormente, mas o meu maior problema foi relacionado a cidade em que morava Dirceu, meu ex, que era Florianópolis - SC.
Namoramos à distância e lembro-me que, quando terminamos, as placas de carro me lembravam ele porque, acredite se quiser, quase todas as vezes em que eu decidia olhar para a placa de um carro lá estava escrito Florianópolis - SC. E parecia que tudo no Brasil só acontecia em Florianópolis, o jornal todos os dias tinha notícias relacionadas a Florianópolis, até a maldita previsão do tempo tinha que dar a mínima ou a máxima de Florianópolis sempre!
Meus amigos, é claro, diziam que isso estava apenas na minha cabeça, e eu tentava mesmo acreditar que era apenas uma paranóia, porém, chegou um tempo em que eu tive a certeza absoluta de que o universo realmente conspirava contra mim. Minha confirmação veio quando resolvi sair para uma balada pela primeira vez depois do término do namoro.
Três rapazes abordaram eu e minha amiga Ellen no fim da balada e se apresentaram, um deles falou:
- Olá! Muito prazer, meu nome é Tirceu!
No mesmo instante pensei:
- Primeira vez que saio depois que acabei o namoro, primeiro cara que conheço, e o nome dele tinha que ser parecido com o do meu ex. E sem falar que ele ainda tem o mesmo tipo do meu ex, cabelos, olhos, altura, etc.
Deixei para lá, paranóia minha, o cara era legal e eu não podia culpá-lo só por ter um nome parecido com o do meu ex, não é mesmo?
Como eu já disse em outros posts, eu e a Ellen não dizíamos nossos nomes verdadeiros para as pessoas que conhecíamos nas baladas e nesse dia nós também o fizemos. Mas já no final da festa o arrependimento bateu, pois havíamos conversado horas e horas e todos haviam sido muito simpáticos.
- Olha, preciso ser sincera contigo, Vanessa não é meu nome verdadeiro.
Ele levou numa boa o fato de eu ter mentido o nome, e até tirou brincadeira:
- Poxa, que injusto! Eu falei meu nome verdadeiro para você, tiro até minha carteira de identidade para comprovar.
Quando ele mostrou a carteira acabei vendo uma informação a mais... A cidade em que ele havia nascido... Não, não, não... Não era Florianópolis, era Blumenau. Isso quebraria com toda a minha teoria de que o passado de fato estava me perseguindo... Isso se Blumenau não fosse a cidade em que meu ex também havia nascido.
Até hoje eu não consegui saber se o passado realmente me perseguiu naquela época, o que eu sei é que o passado fica presente durante algum tempo, mas que cabe a mim decidir se ele vai ser o meu futuro.