Particularmente, sou uma pessoa não muito a favor da vingança sendo paga na mesma moeda, principalmente quando a questão é a traição. Imagino que a sensação de dar o troco na mesma moeda possa até ser boa, até porque eu confesso que já tive meus momentos de dar o troco por meio de palavras, e todos eles foram realmente libertadores para mim.
Porém, quando alguém nos trai e nós revidamos traindo também, seja com um namorado ou de um amigo em que confiávamos, isso me faz pensar que estamos nos igualando a pessoa que nos traiu, nos tornando um reflexo daquilo que nos deu tanto repúdio.
Por outro lado, não tenho nada contra aqueles que preferem dar o troco na mesma moeda. Às vezes acho até que gostaria de fazer isso também, pois talvez seja uma maneira mais eficaz de se libertar da raiva e de fazer com que aquele alguém, que nos fez sofrer, se coloque de fato em nosso lugar.
Esse assunto me lembra uma colega, Valquíria, ela era casada havia algum tempo e sempre desconfiou de algumas "puladas de cerca" do marido. Ela me provou que uma vingança diferente da traição, pode ser até mais eficaz do que um troco devolvido na mesma moeda.
Em um dia comum, o marido dela chegou com uma roupa de cama para dar de presente a ela. Não demorou muito e Valquíria desconfiou, pois seu marido nunca dava presentes, ainda mais sendo um dia qualquer e uma roupa de cama que parecia ser muito cara.
- Que sem vergonha! Tá me traindo com alguma mulher que trabalha numa loja de roupas de cama!
As suspeitas se confirmaram no dia seguinte, quando ela resolveu conhecer a nova loja de roupas de cama que abrira na pequena cidade. Valquíria deparou-se com uma roupa de cama extremamente familiar, na verdade uma roupa de cama exatamente igual a que havia ganho. Encontrou então, a única mulher que trabalhava na loja, e que era inclusive a gerente. Sem pensar muito, perguntou:
- Boa tarde! Gostaria de saber se ontem veio aqui um homem chamado Manoel. Sou ESPOSA dele, ganhei uma roupa de cama deste modelo e gostaria de saber se ele a comprou aqui para trocá-la.
A mulher deu um sorriso estranho, segundo Valquíria era um sorriso do tipo maligno, sendo o suficiente para que ela encaixasse as peças do quebra-cabeça. Ela chegou a conclusão de que havia sido traída com aquela mulher que, por ser gerente, deu uma roupa de cama cara ao seu marido, a qual ele não poderia pagar.
Tentando disfarçar, a mulher respondeu:
- Sim, esse senhor veio e comprou essa mercadoria.
Valquíria tratou logo de descobrir aonde a mulher morava com os funcionários da loja. Com a informação em mãos, voltou para casa, e dessa vez disposta a tomar uma atitude mais enérgica, daquelas que podem mudar uma vida.
No dia seguinte, Valquíria foi bater na porta da casa da mulher. Imaginem a surpresa dela ao perceber que quem veio atender a porta era justamente seu próprio marido. Nem esperou, entrou na casa da mulher como uma louca e sem pensar muito começou a quebrar tudo o que via pela frente. O marido apenas pedia:
- Valquirinha meu amor, se acalme, vamos para casa, eu posso explicar tudo isso!
O ódio a dominou e ela deu um tapa no rosto da mulher que, acreditem, não revidou.
Valquíria encerrou gritando que iria se vingar, deu as costas aos dois e foi para casa. O marido também não demorou a voltar.
- Valquirinha, abre a porta para mim! Vamos nos resolver meu amor!
Ainda com raiva, ela respondia:
- Não posso abrir agora, estou com meu amante aqui em casa!!!
Claro que não havia amante algum, e o marido sabia disso. Ele acabou indo embora depois de muita tentativas sem sucesso.
Assim que o dia amanheceu, Valquíria foi se vingar. Ao chegar na loja, falou com a mulher como se nada houvesse acontecido.
- Oi queridinha, tudo bem? Tá lembrada de mim? Eu vim aqui na loja querendo trocar aquela roupa de cama HORROROSA que meu marido "comprou". Posso falar com o dono antes?
A mulher, que não queria escândalos na loja, achou melhor fazer aquilo que ela pedia e a levou até o dono da loja.
- Olhe senhor, vou ser bem direta e não tomarei o seu tempo. É o seguinte, o senhor sabe que aqui é loja de cidade pequena onde as fofocas se espalham rapidamente. Então vim logo avisar o que está ocorrendo, para que assim o senhor possa tomar uma atitude. A sua gerente está saindo com um homem casado, a cidade inteira já está comentando, e o pior de tudo é que dá presentes da sua loja para ele. Estou falando do meu marido, lá em casa estamos com muitas roupas de cama da sua loja que ele andou ganhando dela.
O homem enlouqueceu.
- Mas como pode isso? Eu namoro com ela! Dei o emprego que ela tem hoje e tudo o que tem na casa dela, e é assim que ela me agradece? Me traindo? Não aceitarei isto não!
O resultado disso tudo não poderia ser outro, o dono da loja pegou todos os presentes que havia dado para a mulher, a demitiu e a vingança de Valquíria foi melhor do que o esperado, já que ela nem sequer sabia que a mulher namorava o dono da loja.
Hoje, Valquíria não está mais casada, mas a experiência da vingança marcou não só ela, como os habitantes daquela cidade. Acredito também que agora, ninguém mais ousará mexer com ela, afinal de contas, a cidade é pequena e as fofocas costumam a se espalhar rapidamente.
Porém, quando alguém nos trai e nós revidamos traindo também, seja com um namorado ou de um amigo em que confiávamos, isso me faz pensar que estamos nos igualando a pessoa que nos traiu, nos tornando um reflexo daquilo que nos deu tanto repúdio.
Por outro lado, não tenho nada contra aqueles que preferem dar o troco na mesma moeda. Às vezes acho até que gostaria de fazer isso também, pois talvez seja uma maneira mais eficaz de se libertar da raiva e de fazer com que aquele alguém, que nos fez sofrer, se coloque de fato em nosso lugar.
Esse assunto me lembra uma colega, Valquíria, ela era casada havia algum tempo e sempre desconfiou de algumas "puladas de cerca" do marido. Ela me provou que uma vingança diferente da traição, pode ser até mais eficaz do que um troco devolvido na mesma moeda.
Em um dia comum, o marido dela chegou com uma roupa de cama para dar de presente a ela. Não demorou muito e Valquíria desconfiou, pois seu marido nunca dava presentes, ainda mais sendo um dia qualquer e uma roupa de cama que parecia ser muito cara.
- Que sem vergonha! Tá me traindo com alguma mulher que trabalha numa loja de roupas de cama!
As suspeitas se confirmaram no dia seguinte, quando ela resolveu conhecer a nova loja de roupas de cama que abrira na pequena cidade. Valquíria deparou-se com uma roupa de cama extremamente familiar, na verdade uma roupa de cama exatamente igual a que havia ganho. Encontrou então, a única mulher que trabalhava na loja, e que era inclusive a gerente. Sem pensar muito, perguntou:
- Boa tarde! Gostaria de saber se ontem veio aqui um homem chamado Manoel. Sou ESPOSA dele, ganhei uma roupa de cama deste modelo e gostaria de saber se ele a comprou aqui para trocá-la.
A mulher deu um sorriso estranho, segundo Valquíria era um sorriso do tipo maligno, sendo o suficiente para que ela encaixasse as peças do quebra-cabeça. Ela chegou a conclusão de que havia sido traída com aquela mulher que, por ser gerente, deu uma roupa de cama cara ao seu marido, a qual ele não poderia pagar.
Tentando disfarçar, a mulher respondeu:
- Sim, esse senhor veio e comprou essa mercadoria.
Valquíria tratou logo de descobrir aonde a mulher morava com os funcionários da loja. Com a informação em mãos, voltou para casa, e dessa vez disposta a tomar uma atitude mais enérgica, daquelas que podem mudar uma vida.
No dia seguinte, Valquíria foi bater na porta da casa da mulher. Imaginem a surpresa dela ao perceber que quem veio atender a porta era justamente seu próprio marido. Nem esperou, entrou na casa da mulher como uma louca e sem pensar muito começou a quebrar tudo o que via pela frente. O marido apenas pedia:
- Valquirinha meu amor, se acalme, vamos para casa, eu posso explicar tudo isso!
O ódio a dominou e ela deu um tapa no rosto da mulher que, acreditem, não revidou.
Valquíria encerrou gritando que iria se vingar, deu as costas aos dois e foi para casa. O marido também não demorou a voltar.
- Valquirinha, abre a porta para mim! Vamos nos resolver meu amor!
Ainda com raiva, ela respondia:
- Não posso abrir agora, estou com meu amante aqui em casa!!!
Claro que não havia amante algum, e o marido sabia disso. Ele acabou indo embora depois de muita tentativas sem sucesso.
Assim que o dia amanheceu, Valquíria foi se vingar. Ao chegar na loja, falou com a mulher como se nada houvesse acontecido.
- Oi queridinha, tudo bem? Tá lembrada de mim? Eu vim aqui na loja querendo trocar aquela roupa de cama HORROROSA que meu marido "comprou". Posso falar com o dono antes?
A mulher, que não queria escândalos na loja, achou melhor fazer aquilo que ela pedia e a levou até o dono da loja.
- Olhe senhor, vou ser bem direta e não tomarei o seu tempo. É o seguinte, o senhor sabe que aqui é loja de cidade pequena onde as fofocas se espalham rapidamente. Então vim logo avisar o que está ocorrendo, para que assim o senhor possa tomar uma atitude. A sua gerente está saindo com um homem casado, a cidade inteira já está comentando, e o pior de tudo é que dá presentes da sua loja para ele. Estou falando do meu marido, lá em casa estamos com muitas roupas de cama da sua loja que ele andou ganhando dela.
O homem enlouqueceu.
- Mas como pode isso? Eu namoro com ela! Dei o emprego que ela tem hoje e tudo o que tem na casa dela, e é assim que ela me agradece? Me traindo? Não aceitarei isto não!
O resultado disso tudo não poderia ser outro, o dono da loja pegou todos os presentes que havia dado para a mulher, a demitiu e a vingança de Valquíria foi melhor do que o esperado, já que ela nem sequer sabia que a mulher namorava o dono da loja.
Hoje, Valquíria não está mais casada, mas a experiência da vingança marcou não só ela, como os habitantes daquela cidade. Acredito também que agora, ninguém mais ousará mexer com ela, afinal de contas, a cidade é pequena e as fofocas costumam a se espalhar rapidamente.