segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

"Tá de portas abertas pra mode a gente se amar..."

Não adianta, é regra, todo casal sempre tem um lugar especial. Não acredita? Bem, se você diz que não tem ou acha que não tem um lugar especial, espere só até o dia em que vocês terminarem, em breve você passará por esse lugar e involuntariamente lembrará daquela pessoa e se dará conta de aquele era "O lugar" de vocês. Esse lugar geralmente está marcado por algum acontecimento que vocês dois realizaram juntos. Em alguns casos, foi lá aonde vocês deram o primeiro beijo, ou dançaram pela primeira vez, ou cruzaram os olhares pela primeira vez, ou o lugar aonde vocês se conheceram, ou muitos outros acontecimentos em particular.
No mundo ideal, dos filmes e dos sonhos, esse lugar sempre é um lugar "mágico", ou clichê, como uma praça de jardins verdes, um parque ensolarado, ou uma praia ao entardecer. Alguns casais tem a sorte de ter um lugar como no mundo ideal, as chances aumentam quando um dos envolvidos planeja a situação:
"Hum, vou beijá-lo pela primeira vez na praia onde nos conhecemos."
"É, vou pedi-la em casamento no nosso futuro apartamento."
 


Vocês lembram do Thales? Como não poderia ser diferente, nós também tivemos um lugar onde realizamos as coisas especiais de um casal, e se vocês lembrarem da primeira história que contei sobre ele, ficará fácil adivinhar qual lugar foi esse. Foi nessa história que contei exatamente a primeira situação especial de um casal: a declaração.
Eu diria até que talvez algumas pessoas se identificarão com esse local, não é o local mais romântico do mundo, mas com certeza te leva aos locais mais românticos. Ficou fácil não? Se você pensou o carro, acertou! 

"- Me encontro na mesma situação que você me descreveu hoje, gosto de você como você gosta de mim, senão mais...
'Esta é a hora, flutuando na lagoa (no meu caso, dirigindo no carro)
Veja só que hora boa, não perca esta chance...'" 

E se vocês lembrarem bem da história, a primeira demonstração de afeto dele por mim, veio com o carro também, com a escolta que ele me fez. 

"O primeiro motivo foi uma 'escolta' que ele fez no próprio dia da festa até minha casa, segundo ele eu deveria ir ao grupo como uma forma de agradecimento pela sua gentileza."

E quem disse que a história do carro parou por aí? Na semana seguinte após a declaração, nós demos o primeiro beijo, e adivinhem aonde foi? Lógico... no carro! E não demorou muito para que o pedido de namoro viesse, e acreditem... foi no carro também!
Com o tempo, as pessoas começaram a perceber que nosso namoro só andava quando a gente andava... no carro! Era como se o carro tivesse poderes mágicos, que sempre renovava o namoro e nos unia mais.
As piadas começaram a surgir, Thales e eu brincávamos que se um dia aquele carro fosse vendido, ou trocado por outro, nosso namoro provavelmente acabaria. E quem achou que era uma piada interna, que somente nós fazíamos, se enganou. Certa vez, Deyse e outro amigo meu se perguntaram se eu e Thales estaríamos bem, e um deles acabou soltando a piada que os fez rir muito:
- Devem estar bem, soube que eles saíram no carro ontem.
O próprio Thales utilizava o carro para ficar mais tempo comigo, quando ia me deixar em casa sempre desacelerava ou até mesmo acabava dando voltas no quarteirão:
- Porque você tá indo tão devagar?
- Pra ficar mais tempo contigo...
Como todo casal, nosso namoro começou a ter pequenos problemas e nós discutimos a relação... no carro! E era incrível como tudo ficava bem depois que conversávamos lá. Fazer as pazes então, nem se fala, o carro já era profissional nisso. E se a gente pensasse em acabar o namoro, o carro dava todo o clima para isso não acontecer, e acabávamos... por namorar lá mesmo.
O tempo passou e o relacionamento não vingou... E nós acabamos... Não, não foi no carro! Eu disse que ele tinha poderes mágicos para unir as pessoas, não desunir! Provavelmente se tivéssemos tido a conversa do término no carro, nós ainda estaríamos juntos. Daí provavelmente ele teria me pedido em casamento no carro, ou mais, nós teríamos nos casado no carro, com direito a lua de mel lá mesmo, ou pelo menos ir para a lua de mel nele mesmo.
Hoje, Thales aluga o carro para os casais que precisam de um "empurrãozinho" no relacionamento. Brincadeira né, mas não é uma boa idéia?

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

10 motivos para não te beijar

Ellen e eu estávamos numa boate, já era fim de noite, quer dizer, na verdade era início de manhã, sendo mais precisa eram umas 6hs da manhã. Para a surpresa da Ellen um cara sentou ao seu lado e começou a babar nas cochas dela, literalmente falando. Ele deitou por cima das pernas dela e não parou de cantá-la.
Nessas horas a gente se pergunta aonde está a pessoa que veio acompanhando esse cara. E para que a gente pergunta? Não demorou muito, e lá estava o amigo dele, que acabou por sentar ao meu lado.
- Oi, sou Márcio, prazer, você é...
Quando alguém se apresenta para você na intenção de ter algo mais do que uma simples conversa, no seu subconsciente você faz uma lista de motivos pelos quais você não ficaria com aquele cara, não necessariamente na ordem em que elas vem. Geralmente começa por um simples motivo.

1° motivo: Eu não quero.
- Vanessa.
- Hum... Vanessaaa...
Ele deu uma longa pausa no meu nome, na certa deveria estar pensando na próxima coisa que ele diria para me "encantar" com a pessoa dele.
- Você parece uma bonequinha sabia?
- Bonequinha?
- É.
2° motivo: Você me chamou de bonequinha.
- Acho que nunca me chamaram disso.
- Não? E o dizem que você é?
- Que sou bonita, linda...

3° motivo: Sou areia demais para o seu caminhão.
- É, realmente, é uma bonequinha muito linda.
- Obrigado. Mas... Por que bonequinha?
A curiosidade que tive foi mais forte do que a vontade de expulsá-lo.
- Não sei, deve ser por causa do seu cabelo cacheado.
Alguém já percebeu que o fato de se ter cabelos cacheados são sempre uma razão, ou uma desculpa, para a aproximação de algumas pessoas? Nessas horas eu penso seriamente em alisar o cabelo.
Minha amiga Ellen, que já estava cansada do amigo dele, tentou desviar a atenção do cara que falava comigo, acho que até querendo "me salvar". Ela disse:
- Ei, ela tem namorado.
Ele fez de conta que não ouviu. Então ela disse outra coisa:
- Ei, teu olho é lindo.
Só para matar a curiosidade dos leitores, os olhos dele eram azuis.
- Obrigado, mas eu queria que a bonequinha achasse isso também.
- Ok, seus OLHOS são bonitos.
Eu falei OLHOS, tá? OLHOS! Satisfeito? Pronto, já fiz o que você queria, agora pode ir embora.
4° motivo: Seus olhos são bonitos, mas você é feio.
- Ai bonequinhaaa... Fica comigo?
Se ele ainda não havia percebido a maneira desanimada com a qual eu falava, então era porque outro motivo não havia ficado claro.
5° motivo: Não estou com a mínima vontade.
- Não.
- Por que não?
Tá certo, eu poderia fazer uma lista de motivos, a qual eu até já comecei no meu subconsciente, mas nesse momento os motivos conscientes vieram na minha cabeça:
6° motivo: Eu gosto de outra pessoa.
7° motivo: Eu estou pensando nessa outra pessoa agora mesmo, nesse exato minuto em que conversamos.
O 8° motivo, e com certeza o mais importante, foi o que eu realmente acabei por dizer:
- A bonequinha aqui já tem um bonequinho.
8° motivo: Eu tenho namorado.
- E aonde tá o bonequinho da bonequinha?
Tipo assim, é da sua conta?
- Em casa dormindo, ou talvez acordando agora para ir trabalhar.
- E ele sabe que você tá aqui?
- Sabe, na verdade, foi ele mesmo quem me deixou aqui. Eu saí para jantar com ele e logo em seguida ele me deixou aqui para passar a noite com minhas amigas.
- E que espécie de namorado é esse que te deixa sair só?
Da espécie "eu confio na minha namorada", já ouviu falar?
- Ele confia em mim.
- Ahhh bonequinha, ele não tá aqui, fica comigo...
Isso me leva a te dizer o 9° motivo pelo qual não fico com você.
- A bonequinha aqui é fiel ao bonequinho dela.
9° motivo: Eu sou fiel ao meu namorado.
- Bonequinha, eu também sou! Sou fiel a você!
E eu só pude fazer uma coisa, me levantar para ir embora.
10° motivo: Porque eu não tenho pena de ninguém.
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